sexta-feira, 1 de julho de 2011

Sind-UTE/MG lota audiência na ALMG e cobra pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional
Sind-UTE/MG lota audiência na ALMG e cobra pagamento do Piso Salarial Profissional Nacional
Os trabalhadores/as em Educação lotaram o auditório da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG) nessa quarta-feira (29/06). No local, acontecia reunião da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária, que discutia a dívida do Estado com a União. A categoria fez uma grande manifestação para cobrar do Governo o imediato pagamento do Piso Salarial, impossibilitando que os deputados da situação conduzissem a reunião. Diante da situação, o presidente da Comissão, deputado Zé Maia (PSDB), encerrou o debate sem permitir que os trabalhadores falassem ao microfone e que outros deputados, como Rogério Corrêa (PT) se manifestassem.
Participaram da reunião, além dos trabalhadores/as em Educação,  membros do legislativo estadual e do Governo do Estado. Logo no início, a categoria ocupou as dependências do auditório e gritaram palavras de ordem, como “Piso, Piso! Piso Já!!”. Os trabalhadores pediam que a pauta de discussão fosse alterada e que o debate do Piso fosse realizado. “O Estado tem uma grande dívida com a Educação que se reflete na falta de investimentos no setor. É um absurdo Minas Gerais gastar R$1 bilhão na construção da Cidade Administrativa e se negar a investir nos profissionais responsáveis pelo ensino em nosso Estado”, disse a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira. Entretanto, o presidente da Comissão, deputado Zé Maia (PSDB), não autorizou a realização do debate.
Diante do impasse, a categoria foi recebida pelo presidente do Legislativo Estadual, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), no salão nobre da ALMG. Na oportunidade, Beatriz Cerqueira entregou ao parlamentar vários contracheques de trabalhadores/as e um informativo produzido pelo Sindicato com um ranking de todos os pisos salariais do País, no qual Minas Gerais aparece com o pior piso do Brasil, no valor de R$ 369,00. Ela destacou qual sentimento da categoria. “Diante desta situação é inaceitável que o Estado não seja capaz de apresentar uma política salarial decente para nós trabalhadores, portanto, já avisamos que a greve só tem chance de acabar se o Governo conversar conosco”, avisou.
O presidente da ALMG se comprometeu a acompanhar de perto a negociação junto ao Estado.
Reivindicação. Os trabalhadores em educação estão em greve por tempo indeterminado desde o dia 08 de junho. A ação acontece em resposta ao Governo que, além de não pagar um salário justo, proporciona condições ruins de trabalho. Os trabalhadores/as reivindicam o imediato cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), de acordo com a lei 11.738, que regulamenta o Piso, que hoje é de R$ 1597,87, para uma jornada de 24 horas e ensino médio completo.
É importante registrar que os trabalhadores da Saúde, em greve, que estavam em assembleia no Hospital João XXIII, realizaram passeata até a ALMG onde se juntaram aos educadores e trabalhadores do IPSEMG.
Encaminhamentos. Ao final da reunião, o Presidente da Assembleia e o deputado Bosco, afirmaram que o governo apresentará uma proposta entre sexta-feira (01/07) e segunda-feira (04/07). Outro encaminhamento é a articulação, por meio da Assembleia Legislativa, de uma reunião com todas as categorias em greve: policiais civis, servidores do IPSEMG,  trabalhadores da educação e da saúde com o Governo do Estado.
Em tempo: A Secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena e os senadores de Minas Gerais não compareceram a audiência.  

O Sind-UTE/MG informa que a próxima Assembleia Estadual será no dia 6/7, a partir das 14 horas, no pátio da ALMG.

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